domingo, 20 de maio de 2012

Internalização da vida... não destrua seu convívio!


"Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto." (Francis Bacon)
 

A revolução científica e tecnológica que estamos presenciando, incluindo o uso cada vez mais disseminado do computador pessoal, da televisão a cabo, da internet, está alterando as formas de viver nas cidades.

Existem vantagens incontestáveis na utilização dessas conquistas da eletrônica. A informatização possibilitou o encurtamento do tempo despendido na produção individual e coletiva, aumentando por conseguinte, a produtividade em todas as atividades humanas (no comércio, na indústria, no setor terciário, na agricultura, na vida doméstica etc.). Mas, se por um lado, os benefícios são grandes, por outro observa-se que as inovações tecnológicas, juntamente com a violência urbana exacerbada, fruto da exclusão social e até mesmo das dúvidas quanto ao sentido da vida, estão conduzindo cada vez mais a uma nova forma de viver o urbano e no urbano, e afetando nosso cotidiano e nosso modo de viver. E sem falar que nem todos a acompanham, quem tem dinheiro sim e quem não tem... um grande "sinto muito!".

Está havendo uma INTERNALIZAÇÃO DA VIDA urbana, ou seja, o ser humano está cada vez mais se fechando em si e em sua casa. É o caso de se perguntar: será que apenas a família está lhe bastando? A vida urbana que era repleta de convívio, de contatos pessoais, já se esvaiu, principalmente nas grandes e médias cidades. Perdeu-se, assim, a riqueza originária do convívio humano. Perdeu-se, também, a solidariedade entre as pessoas e, em contrapartida, desenvolveu-se o individualismo, o fechamento em si mesmo. Existe, hoje, a troca dos espaços de confraternização (rua, praça etc.) por espaços de consumo (como por exemplo... Shopping Center).

A internalização da vida urbana não é somente fruto do que se tornou a vida nas grandes e médias cidades, ou seja, das ameaças que a cidade representa em termos de violência. É também o resultado da revolução eletrônica, que tem levado o ser humano a se limitar, não mais se relacionando com outras pessoas, mas sobretudo com os equipamentos eletrônicos. Isso representa o empobrecimento da vida social. Nada substitui o contato pessoal e a diversidade de entrelaçamento social, de troca de experiências e emoções que uma praça ou uma rua possibilitam as pessoas.

VIVA MAIS COM SEUS AMIGOS!!!

terça-feira, 27 de março de 2012

Luz, Câmera... Desilusão!


"Você pode enganar as pessoas o tempo todo se a propaganda for correta e a verba grande o suficiente". (Joseph E. Levine)

Ao longo de sua vida, o homem não produz apenas bens materiais. Ele também cria objetos que têm uma finalidade simbólica e representativa. São pinturas, esculturas, romances filmes e peças de teatro, enfim, bens culturais, que alimentam nosso espírito, nos proporcionam lazer e nos ajudam a compreender melhor o mundo.

O século XX, que viu florescer inúmeras indústrias de bens materiais, também testemunhou o surgimento de um novo tipo de indústria: a de bens culturais, cujo exemplo mais significativo é o cinema.

Assim que percebeu a possibilidade de contar histórias através de imagens em movimento, bem como o enorme fascínio que elas causavam nas plateias, o ser humano, passou a produzir filmes em série e a exibi-los para um número cada vez maior de pessoas.

A indústria cinematográfica, uma das mais lucrativas do mundo, alcançou grande desenvolvimento, principalmente nos Estados Unidos da América, que se mantêm até hoje entre os maiores produtores mundiais. Os grandes estúdios de produção, como a "Universal", “Warner Bros” e a "Dreamworks", desenvolveram um engenhoso sistema de distribuição que espalha seus filmes pelo mundo inteiro. É por isso que você assiste a muito mais filmes norte-americanos do que os outros países.

A televisão também é uma indústria de bens culturais, que produz novelas, noticiários, documentários e diversos outros tipos de programas. Existem grandes redes de televisão, como a "BBC" de Londres, que atendem não apenas ao mercado interno, como também exportam seus produtos para todo o planeta. Nesse caso, o Brasil igualmente se destaca com a Rede Globo de Teledominação. Ops... Rede Globo de Televisão!

Se um filme de terror, por exemplo, alcança sucesso, dezenas de outros serão produzidos até que o público se canse deles. O mesmo ocorre com os ritmos musicais e os programas de televisão. Ah, outro exemplo significativo é a música. Antes restritas às festas e concertos, com o desenvolvimento das técnicas de gravação transformou-se no que hoje conhecemos como indústria fonográfica.

Você sabe qual é a principal vantagem da indústria de bens culturais? Tornar a cultura acessível a um número cada vez maior de pessoas! Isso, contudo, pode comprometer seriamente a qualidade dos produtos, já que eles passam a ser um grande negócio. As indústrias de bens culturais movimentam cifras astronômicas e não estão interessadas apenas em alimentar o espírito do ser humano e ajudá-lo a compreender melhor o mundo. O que interessa a eles é VENDER.