"Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto." (Francis Bacon)
A revolução científica e tecnológica que estamos presenciando, incluindo o uso cada vez mais disseminado do computador pessoal, da televisão a cabo, da internet, está alterando as formas de viver nas cidades.
Existem
vantagens incontestáveis na utilização dessas conquistas da eletrônica. A
informatização possibilitou o encurtamento do tempo despendido na produção
individual e coletiva, aumentando por conseguinte, a produtividade em todas as
atividades humanas (no comércio, na indústria, no setor terciário, na
agricultura, na vida doméstica etc.). Mas, se por um lado, os benefícios são
grandes, por outro observa-se que as inovações tecnológicas, juntamente com a
violência urbana exacerbada, fruto da exclusão social e até mesmo das dúvidas
quanto ao sentido da vida, estão conduzindo cada vez mais a uma nova forma de
viver o urbano e no urbano, e afetando nosso cotidiano e nosso modo de viver. E
sem falar que nem todos a acompanham, quem tem dinheiro sim e quem não tem...
um grande "sinto muito!".
Está
havendo uma INTERNALIZAÇÃO DA VIDA urbana, ou seja, o ser humano está cada vez
mais se fechando em si e em sua casa. É o caso de se perguntar: será que apenas
a família está lhe bastando? A vida urbana que era repleta de convívio, de
contatos pessoais, já se esvaiu, principalmente nas grandes e médias cidades.
Perdeu-se, assim, a riqueza originária do convívio humano. Perdeu-se, também, a
solidariedade entre as pessoas e, em contrapartida, desenvolveu-se o
individualismo, o fechamento em si mesmo. Existe, hoje, a troca dos espaços de
confraternização (rua, praça etc.) por espaços de consumo (como por exemplo...
Shopping Center).
A
internalização da vida urbana não é somente fruto do que se tornou a vida nas
grandes e médias cidades, ou seja, das ameaças que a cidade representa em
termos de violência. É também o resultado da revolução eletrônica, que tem
levado o ser humano a se limitar, não mais se relacionando com outras pessoas,
mas sobretudo com os equipamentos eletrônicos. Isso representa o empobrecimento
da vida social. Nada substitui o contato pessoal e a diversidade de
entrelaçamento social, de troca de experiências e emoções que uma praça ou uma
rua possibilitam as pessoas.
VIVA MAIS
COM SEUS AMIGOS!!!